quarta-feira, março 06, 2013

Hoje

"o cara que não era tão complicado a ponto de ser ininteligível, nem tão simplório que não fosse ouvido por muitos". Mais ou menos assim, o texto com que a MTV apresentou o vocalista da banda santista Charlie Brown, morto hoje (6), me pareceu fazer muito sentido. Por boas ou má razões, Chorão falava para uma grande (cinco milhões de discos vendidos em 15 anos) parcela do público, que se identificava com suas idiossincrasias. Marrento, porém autêntico. Genioso e talentoso (poucos sabem que o vocalista escreveu o roteiro de dois filmes, um deles, O Magnata, com Paulo Vilhena, já lançado), o paulistano que se assumiu caiçara, skatista, band leader, compositor, empresário (dono de uma pista de skate em Santos) era um sujeito necessário no bem-comportado show business brasileiro.